Como seres humanos mais ou menos frágeis, mais ou menos fortes, mais ou menos assertivos ou mais ou menos ambíguos nas nossas atitudes, muitas vezes não nos damos conta que há algo que fazemos numa base diária e de forma sistemática:
- alimentar essa incógnita a que chamamos futuro.
Não me refiro a especular sobre esse futuro, ou mesmo a tentar antever o que ele nos reserva.
Não é disso que estou a falar.
Refiro-me antes à forma mais ou menos inconsciente com que nos dedicamos a adubar o terreno onde viveremos, do preciso momento em que nos encontramos para diante.
O desenho que, mais ou menos diligentemente, vamos traçando da nossa vida futura.
As escolhas que fazemos, as decisões que tomamos, as decisões que interiormente sentimos que devem ser tomadas e não acontecem, os riscos que decidimos correr, os riscos que não corremos por medo de sair das nossas zonas de conforto, representam contributos sérios que não afetam apenas e só a nossa vida presente.
Eles são, acima de tudo, os traços que desenham o nosso futuro.
São a base que servirá de sustentação aos nossos desejos mais íntimos de plenitude, satisfação e equilíbrio. Ou não.
Estão a montante do nosso futuro. A jusante aparecerão os resultados. Os bons ou os menos bons.
Inconscientemente, ou não, deliberadamente, ou não, assumidamente, ou não, qual a qualidade da sementeira a que nos estamos a dedicar ?
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