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A Rentrée - mais uma escala na magnífica viagem a que damos o nome de vida.

Foto do escritor: Helena Cavacas VerissimoHelena Cavacas Verissimo

Quando olhamos para as nossas vidas, seja a nível pessoal, seja a nível profissional, temos uma necessidade, diria quase visceral, de avançarmos por etapas. E ultrapassada uma, logo temos necessidade de estabelecer outra. E fazêmo-lo desde bem cedo, desde a nossa meninice. Aí, talvez não de forma consciente, já que não é por vontade própria que iniciamos o cumprimento de calendários. Somos levados para os infantários, para as escolas primárias, para as atividades de ocupação de tempos livres, muitas vezes pele necessidade que os nosso pais têm de coordenar a vida familiar com a vida profissional.

Mas há uma altura nas nossas vidas em que somos nós próprios a assumir que as etapas são uma forma de nos arrumarmos nesta magnífica viagem a que damos o nome de vida.

Para que consigamos domá-la, por forma a que a viagem não se transforme num vertiginoso carrossel. Não significa que não tenhamos altos e baixos durante o percurso, significa sim que tentamos organizar a viagem por escalas. Precisamos de progredir de forma mais ou menos organizada, estabelecendo limites temporais mais curtos que nos permitam avançar de forma mais consistente. Como um maestro que avança na obra que está a conduzir, progredindo andamento após andamento. Ou o empresário que estabelece os seus planos e orçamentos anuais para melhor liderar a sua nau. Ou o primeiro-ministro que organiza a vida do país que lidera em função do orçamento anual alimentado por todas as pastas do respectivo elenco governamental, que se organizam de igual forma.

Se repararmos bem, o próprio tempo está pensado por etapas. Segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos, milénios.

Temos, pois, esta "humana" necessidade de progredir e de nos organizarmos por etapas e em função de métricas.

Se não conseguimos medir, como poderemos gerir o que quer que seja ?

Razão pela qual não existem objectivos verdadeiramente bem definidos se não tiverem limites temporais. Sem esses limites temporais nunca saberemos se conseguimos atingir os objectivos a que nos propusemos.

E é assim em todos os aspetos da vida.

Vem tudo isto a propósito da Rentrée. Esta altura do ano em que nos preparamos para mais um ano de trabalho, seja a nível corporativo, académico, cultural ou dos relacionamentos. Mais uma etapa.

A Rentrée deve ser entendida muito para além do sentido literal do termo. Deve ser aproveitada para repensar, reavaliar, redefinir, reorientar, reformular, reajustar e realizar todas as ações que estiverem ao nosso alcance para usar da melhor forma e tirar o maior partido possível de mais uma escala, mais uma imensa janela de oportunidades que todos temos pela frente.

Porque, não tarda, seremos confrontados com mais uma "Silly Season".

Tem uma Rentrée PLUS :)


 
 
 
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