Quando, em 2003, li o livro de Daniel Coleman “A Inteligència Emocional”, despertei para uma área de conhecimento à qual, até então, não tinha dado muita importância e sobre a qual nem tinha, sequer, muita consciência: o poder das nossas emoções e a forma como elas são processadas no nosso sistema límbico, o poder dos nossos pensamentos, o poder das escolhas e das representações internas que fazemos sobre o que nos acontece.
Goleman sustenta que o indivíduo com um QI superior não é, necessáriamente, aquele que produz melhores resultados. Por vezes, aquele que melhor gere as suas emoções é o que atinge resultados superiores.
Fazer cohabitar razão e emoção nas doses certas será, porventura, um desafio para a maioria de nós. Emoção positiva, entenda-se.
Na maioria dos casos, o ser humano faz uma abordagem da vida negativa, muitas vezes influenciado pela informação que o rodeia maioritariamente veiculada pelos media.
A Psicologia Positiva assume-se, hoje, como uma uma nova ciência que se debruça sobre as emoções e comportamentos positivos, por conduzirem a maior assertividade, foco e controlo emocional e a “uma visão mais aberta e apreciativa do potencial, das motivações e das capacidades humanas". Estudos demonstraram que o “desenvolvimento das emoções positivas, ao contrário do que ocorre com as negativas, promove uma atitude mental mais criativa, compreensiva, tolerante e flexível, permitindo uma abertura para o novo e a experimentação”
A recente criação em Portugal, pelo ISCSP, de uma Plataforma para a Felicidade Pública visando a investigação científica em redor da felicidade pública e do bem comum é uma evidência que demonstra a necessidade de repensar o que serve melhor o ser humano.
A pesquisa à volta destas questões - tão interessantes e apaixonantes - conduziram-me ao chamado Desenvolvimento Pessoal. Nas nossas livrarias, à data, não existia muito por onde procurar, e o que existia era arrumado pelos livreiros no canto mais recôndito das suas lojas, muitas vezes na área da chamada literatura de “auto-ajuda” – um termo que francamente me irrita, outras vezes na área das publicações esotéricas …
Foi na pesquisa online que me deparei com o que de muito já se publicava no Mundo.
Num dos vários estudos sobre a mente e o potencial humano que tive o oportunidade de ler defende-se que o Desenvolvimento Pessoal:
É um banquete para que todos são convidados mas a cuja mesa poucos aceitam sentar-se
Requere um Plano, um mapa que sirva de guia para alcançar o destino que se deseja;
É sobre Associações e Influência,
É sobre Educação e Aprendizagem continua.
Na verdade tomos nascemos com os mesmos recursos. A diferença é que nem todos valorizamos esses recursos e, por vezes, nem sabemos identificá-los.
Deveria ser materia a aprender nas escolas, desde cedo.
Pois não deveriamos todos estar mais atentos e conscientes daquilo que de mais poderoso nos governa – a nossa mente ?