Desistir, seja do que for, é uma decisão que deixa sempre no íntimo de cada um de nós uma sensação desconfortável, por vezes até de perda.
Desistimos quando deixamos de persistir.
Desistir é claramente diferente de decidir não fazer, de escolher não fazer.
Desistir envolve, quase sempre, dor.
Persistir também pode envolver dor, pois nem sempre é fácil continuar a trilhar, firmemente, o caminho escolhido.
A grande diferença entre as duas atitudes - desistir ou persistir -, é que a primeira só envolve dor.
Já a segunda pode comportar em si aquilo que todos procuramos: prazer. Podendo envolver dor durante o percurso, comporta em si uma recompensa, aquela sensação boa que ocorre quando atingirmos os nossos objectivos, sejam eles quais forem.
Então porque desistimos, apesar de sabermos que isso nos vai causar dor ?
Desistimos porque achamos que não vale a pena, que algo não está a ser compensador, que não vamos conseguir, que estamos fora da nossa zona de conforto, que deixámos de ter paciência, que nos estamos a deixar influenciar por terceiros "bem intencionados", enfim por tantos e tantos motivos.
As razões que nos levam a desistir assentam, muito frequentemente, no seguinte:
- não estamos envolvidos com um objectivo cristalino,
- o nosso "leitmotiv" não é forte o suficiente, não nos obriga a um compromisso sério.
- não estamos focados o suficiente.
- não temos um plano de ação bem definido à partida.
- temos esse plano de ação mas não temos a capacidade de o ajustar se as circunstâncias a isso
aconselharem.
- não partilhámos o nosso objectivo com alguém que nos desafie e apoie.
- não estamos confiantes.
- não acreditamos o suficiente.
Quando o nosso objectivo é de tal forma claro e o nosso foco de tal forma forte que nada nem ninguém nos pode parar, nem sequer percepcionamos os obstáculos ou os sabotadores, eles podem lá estar mas o nosso foco e determinação são de longe superiores.
Neste caso, quando concretizamos aquele sonho ou tarefa com que nos tínhamos comprometido, a sensação é maravilhosa, gratificante e compensadora.
Mas também nos acontece "morrer na praia". Bastava mais um bocadinho, aquele quilómetro extra, mas não temos o animo, a força, a determinação para continuar. E o que fazemos ? Desistimos, pura e simplesmente. Tantas vezes depois de termos percorrido um longo percurso, de termos feito o mais difícil.
Por isso, sempre que pensar em desistir não se esqueça que a solução pode estar na próxima tentativa, pode estar no próximo passo, pode estar ao dobrar da esquina, pode estar apenas no re-ajuste do plano.
Dê-se a si próprio o benefício da dúvida e acredite:
- Quando lá chegar, a sensação vai ser maravilhosa !
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