A frase que cito, em título, deu pano para uma boa reflexão.
Vivemos um tempo em que muito se fala de sucesso: - como alcançar o sucesso, porque não se alcança o sucesso, fórmulas mágicas para alcançar o sucesso, crenças que nos impedem de alcançar o sucesso.
Enfim, uma panóplia de situações que, não raro, assentam nas experiências pessoais de quem viveu algo mais ou menos desafiante e tenta projectar a solução encontrada numa regra replicável e aplicável a outros, senão todos, os desafios semelhantes. Aponta-se uma mesma solução para um desafio que se tende a definir como padrão.
Por vezes, segue-se outra direcção, ou seja, defende-se que certo desafio ou fracasso tem origem na falta de alinhamento entre o que se faz e a ausência de propósito para o fazer.
Também se defende que não é suficiente viver-se um e/ou dum propósito, se as ações necessárias para o materializar não forem praticadas de forma consistente.
Pode, ainda, encontrar-se um outro padrão, ou seja, vive-se um e/ou dum propósito praticado de forma consistente, mas o resultado revela-se ineficaz, seja porque não se faz o que tem de ser feito, seja porque se faz o que tem de ser feito, porém, de forma ineficiente.
Isso é verdadeiramente interessante e conduz à conclusão de que, quer o sucesso quer o insucesso são, sempre, objecto de experiências pessoais de quem, confrontado com um desafio, reflectiu, ou não reflectiu sobre o mesmo, tirou ou não tirou ilações das tentativas e dos erros experimentados e conseguiu, ou não, ajustar as velas por forma a alcançar o destino desejado.
Assim sendo, tanto o sucesso como o insucesso, são experiências pessoais e intransmissíveis e não será, nunca, possível encontrar numa fórmula mágica externa a solução para atingir a tão almejada maestria.
Pelo mesmo motivo, nem o sucesso nem o insucesso são, ou alguma vez serão, experiências lineares.
Por isso, o auto-conhecimento, a análise dos "desastres" pelos quais todos aqueles que se propõem atingir algo inevitavelmente passarão e o re-orientar das velas sempre que o mar se torna mais revolto, serão elementos a que a tal "maestria", não será - nunca - indiferente.
Na mesma linha da citação inicial mas agora numa citação atribuída a Churchill, "Sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo".
Ou, numa adaptação pessoal da citação inicial: "If you are not able to overcome a disaster you will never be able to become a master".
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